Conectividade, liberdade e estratégia são a chave do desenvolvimento

Luis Felipe Oliveira, da ACI-World, e Rafael Echevarne, da ACI-LAC, apontam os caminhos para o crescimento do

O Painel 2 do ANM ’23 – Cases globais na atração de novas cias aéreas e rotas – trouxe ao evento a visão internacional, com as participações (por vídeo) do secretário-Geral da OACI – Organização da Aviação Civil Internacional, Juan Carlos Salazar, e do embaixador Michel Arslanian Neto, representante do Brasil junto à OACI, e as presenças dos presidentes da Airports Council International – ACI World, Luis Felipe Oliveira, e da Airports Council International – Latin American and Caribbean (ACI-LAC), Rafael Echevarne, moderados por Ary Bertolino, gerente de Relações com a Indústria da ACI-LAC.

Luis Felipe Oliveira ressaltou o processo de recuperação da aviação mundial no pós-pandemia, com a movimentação aeroportuária mundial, em 2023, chegando a 8,6 bilhões de passageiros, ou seja, retornando a 94,2% da movimentação de 2019, o último ano antes da pandemia. “Isso se deve ao nível de crescimento do mercado chinês, o último mercado doméstico a se recuperar”, conta o executivo, revelando dados de uma recente pesquisa global da ACI-World, segundo a qual o número de pessoas propensas a viajar aumentou 23% em relação ao ano passado.

O presidente da ACI-World salientou ainda a importância do aumento nos níveis de conectividade no Brasil, com as cidades médias podendo se ligar à rede do modo de transporte aéreo com seus próprios aeroportos locais, sem precisar depender tanto de hubs regionais. “A conectividade não depende só do aeroporto. Depende de regras governamentais claras e efetivas, de custos, de infraestrutura e de companhias aéreas. Mais uma vez, é um trabalho conjunto”.

Já Rafael Echevarne pontuou que o desafio de atrair companhias aéreas é uma necessidade comum a todos os aeroportos, “porque, se não há, tráfego, não há negócio”. E ele conclama os órgãos reguladores da América Latina a liberarem suas regras para que qualquer companhia aérea latino-americana possa operar em qualquer dos países da região oferecendo qualquer destino internacional, a exemplo do que foi feito na União Europeia. O resultado lá foi um aumento expressivo na predisposição dos consumidores europeus a voar.

Por fim, Echevarne citou cases de sucesso no mundo, como Los Cabos, no México, e Barcelona (Espanha), onde parcerias foram estabelecidas entre aeroportos, agentes de turismo, hotéis, órgãos governamentais e associações comerciais para atrair voos internacionais, o que contribuiu bastante para o desenvolvimento do turismo local.

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